Além do conforto térmico!
Por que o conforto térmico é tão importante em um edifício? Essa é uma pergunta que muitos proprietários podem levantar durante a construção. Essa questão diz respeito ao bem-estar das pessoas em relação à temperatura dos ambientes de uma obra, independente do seu uso, ao levar em conta a sua posição, distribuição e método construtivo.
Quando olhamos para esses fatores percebemos a importância do conforto térmico, ainda mais quando se fala de comércios e indústrias. Se uma construção é feita sem um planejamento que leve esse item em consideração, os ambientes podem se tornar muito quentes ou frios, muito úmidos ou totalmente secos, e com isso trazer problemas não somente de desconforto para seus usuários, como também alguns problemas que podem afetar a saúde humana tornando os espaços insalubres.
A importância do conforto térmico
De acordo com os princípios de NeuroArquitetura, a temperatura do ambiente influencia tanto quanto a escolha de cores. As arquitetas e urbanistas do escritório Jorge & daHora Arquitetura e Interiores, Jéssica Da Hora Ribeiro e Ana Castelão Jorge, e da consultora em projetos de neuroarquitetura, Luiza Caroline Cirino, explicam que ambientes muito frios ou muito quentes fazem nosso cérebro gastar energia para manter a temperatura corporal ideal. Ou seja, esse custo em busca do equilíbrio tira o foco de outras atividades que podem ser mais importantes no momento, como prestar atenção em uma reunião, atender um cliente ou mesmo redigir um texto.
Nesse sentido, é possível entender como o conforto térmico é importante no dia a dia. Desde acordar bem até executar os trabalhos domésticos e profissionais de maneira segura e com qualidade. Assim, se evita o desperdício de atividades manuais e até intelectuais. “Se você estiver em um ambiente termicamente agradável, consegue pensar e agir melhor”, completam as profissionais.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), existe uma temperatura considerada perfeita para espaços fechados e ela pode variar de 23°C a 26°C. Por outro lado, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), separa a temperatura ideal por estações e indica de 23°C a 26°C para o verão e 20°C a 23°C para o inverno.
A arquiteta Flávia Burin, do escritório Studio HA, explica que essas temperaturas são consideradas ideais por não gerarem efeitos colaterais. Como por exemplo, a queda de pressão, em caso de temperatura elevada ou problemas respiratórios em situações de temperatura muito baixa.
Soluções para melhorar o conforto térmico
Do mesmo modo que a arquitetura cuida das questões estéticas, ela também deve visar o melhor desempenho do ambiente. Assim, é essencial que arquitetos e urbanistas busquem sempre se atualizar e incorporar em seus projetos materiais que levem para a obra um espaço seguro, funcional e estratégico para a preservação de sua saúde e do seu conforto.
Por fim, Flávia Burin explica que existem materiais como o vidro, a madeira, o drywall, as telhas de metálicas, que auxiliam o conforto térmico. Além disso, para alcançar o objetivo do espaço na temperatura ideal, existem estratégias que devem ser utilizadas na fase de concepção e execução do projeto. Alguns exemplos são a implantação no terreno, adoção de aberturas, uso de isolantes térmicos, distância entre as edificações, uso de estratégias de vegetação, entre outros.
Em conclusão, as arquitetas Jéssica e Ana destacam que um ambiente térmico, gerado por isolamento, medidas de segurança e instruções de fornecedores, auxilia na economiza. Ao evitar o uso do aquecedor ou ar condicionado.